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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Quando uma mulher percebe estar vivendo uma vida independente...

... ela entra em um estado de incompreensão e revolta, já que percebe que ser independente não é o que os homens realmente querem dela. Ruth Manus é uma delas, e seu sentimento está bem publicado no Estadão:

Às vezes me flagro imaginando um homem hipotético que descreva assim a mulher dos seus sonhos:

“Ela tem que trabalhar e estudar muito, ter uma caixa de e-mails sempre lotada. Os pés devem ter calos e bolhas porque ela anda muito com sapatos de salto, pra lá e pra cá.

Ela deve ser independente e fazer o que ela bem entende com o próprio salário: comprar uma bolsa cara, doar para um projeto social, fazer uma viagem sozinha pelo leste europeu. Precisa dirigir bem e entender de imposto de renda.

Cozinhar? Não precisa! Tem um certo charme em errar até no arroz. Não precisa ser sarada, porque não dá tempo de fazer tudo o que ela faz e malhar.

Mas acima de tudo: ela tem que ser segura de si e não querer depender de mim, nem de ninguém.”

Pois é. Ainda não ouvi esse discurso de nenhum homem. Nem mesmo parte dele. Vai ver que é por isso que estou solteira aqui, na luta.

Este é o típico pensamento de uma mulher educada numa sociedade feminista, que mente a ela a vida toda dizendo que as expectativas ditadas acima são as expectativas dos homens para aceitá-las e aprová-las como o modelo ideal de companhia. Elas, que não viram a aparência e o costume típico das mulheres que idealizam essas sandices, jamais raciocinaram que o caminho da independência financeira, material e emocional acabaria levando elas exatamente à solidão. Relacionamentos são formados e solidificados pela dependência mútua entre as duas partes, onde uma parte satisfaz as necessidades da outra e vice-versa, como já é mencionado nos Princípios que regem a interação social; quem ignora este princípio, como as mulheres "independentes", não está pronto para relacionamento nenhum, e não adianta reclamar por que os outros não se ajustam às suas expectativas irracionais.
 
No entanto, a culpa por tudo isso não é só dela sozinha. Uma família impregnada de pensamento feminista contribui e muito para a frustração da mulher na sociedade, como relatado a seguir pela mesma blogueira:

O que nossos pais esperam de nós? O que nós esperamos de nós? E o que eles esperam de nós?
Somos a geração que foi criada para ganhar o mundo. Incentivadas a estudar, trabalhar, viajar e, acima de tudo, construir a nossa independência. Os poucos bolos que fiz na vida nunca fizeram os olhos da minha mãe brilhar como as provas com notas 10. Os dias em que me arrumei de forma impecável para sair nunca estamparam no rosto do meu pai um sorriso orgulhoso como o que ele deu quando entrei no mestrado. Quando resolvi fazer um breve curso de noções de gastronomia meus pais acharam bacana. Mas quando resolvi fazer um breve curso de língua e civilização francesa na Sorbonne eles inflaram o peito como pombos.
Não tivemos aula de corte e costura. Não aprendemos a rechear um lagarto. Não nos chamaram pra trocar fralda de um priminho. Não nos explicaram a diferença entre alvejante e água sanitária. Exatamente como aconteceu com os meninos da nossa geração.


Este trecho cai como um balde de água fria em qualquer imbecil que venha a falar que a nossa sociedade é machista. Houve mesmo um tempo em que as mulheres eram educadas para serem boas esposas, onde as mães ensinavam suas filhas a cozinhar, a ter orgulho de "conquistar o homem pela barriga", a fazer bordados, a limpar a casa, a cuidar de jardins, a cuidar de crianças. E o feminismo foi tão eficaz em mudar a forma como se criam mulheres que o que mais se ouve por aí é um pai ou uma mãe que tem uma filha dizendo, "quero que minha filha estude e não precise depender de homem nenhum", motivados pelo temor lendário (espalhado pelas mesmas feministas) de que os homens não passavam de uns canalhas incapazes de retribuir tamanho zelo feminino. Mas, ao mesmo tempo, permaneceu no subconsciente de cada mãe e pai que sua filha deve arrumar um "bom partido" para casar, e é a superposição dessas duas expectativas mutuamente excludentes que condena o destino da mulher ao fracasso em seus relacionamentos. E aí elas ficam neste dilema: "Não consigo arrumar ninguém porque sou independente demais, mas não quero ser submissa porque homem é tudo canalha e não quero ser chifrada!"

O fato é que toda mulher deseja ser submissa ao homem, mesmo com toda a criação feminista dominando seu consciente. Como prova disso, acompanhe esta mesma blogueira se contradizendo:

O fato é: quem foi educado para nos querer? Quem é seguro o bastante para amar uma mulher que voa? Quem está disposto a nos fazer querer pousar ao seu lado no fim do dia? Quem entende que deitar no seu peito é nossa forma de pedir colo? E que às vezes nós vamos precisar do seu colo e às vezes só vamos querer companhia pra um vinho? Que somos a geração da parceria e não da dependência?



Quem se habilita a dar um colinho pra uma dessas aí?


Aqui, a contradição está no fato de ela evocar sua própria independência dizendo que ela é uma "mulher que voa" (ou seja, que é livre) e que é de uma geração de "parceria" e não de "dependência", mas ao mesmo tempo assume a sua "necessidade de colo" - isto é, de sua dependência de um colo masculino quando conveniente. E ela se engana profundamente ao achar que vai conseguir satisfazer essa necessidade em uma simples relação de parceria. Parceria em um relacionamento homem-mulher é como transar num puteiro: você dá dinheiro para a garota de dar sexo, satisfazendo sua necessidade momentânea de prazer, mas outras necessidades permanecem insatisfeitas, como a necessidade de companhia, de lealdade, de fidelidade, de segurança emocional, etc.

Só um homem que rejeita o feminismo está pronto para dar satisfação plena à mulher em um relacionamento. É aquele homem que mostra qual é o papel dela na relação, que é a de submissão, mas que também - e o mais importante -, é que seja responsável o suficiente para não abusar de sua autoridade para fazer só o que ele quer. O homem que entende isto de verdade está pronto para combater o feminismo de fato. Comece a ser este homem já!

8 comentários:

  1. olá!!
    Belo texto. Tenho acompanhado seu blog já há alguns meses. Foi por ele que soube do "project unbreakable".
    Você retornou lá naquela página recentemente? Eles estão expandindo cada vez mais, indo em universidades e convocando cada vez mais gente. `
    Abraços,

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    1. Oi Leandro. Eu agora posto nesse blog, já que não respondo mais pela Manhood Academy, mas o conteúdo dos dois segue a mesma linha.

      Infelizmente, projetos como a Project Unbreakable são cada vez mais comuns e encontram nas universidades um terreno fértil para crescerem, pois lá é o covil de ideais marxistas que se proliferaram graças ao dinheiro vindo de fundações internacionais interessadas em transformar a sociedade. Sugiro ler o blog "O Marxismo Cultural" para entender o fenômeno.

      Mas combater isso não é um bicho de sete cabeças. Primeiro foque-se em se transformar, para depois, com sua contribuição, ajudar a recuperar a sociedade. O poder somado das atitudes individuais é maior do que qualquer lobby revolucionário global.

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    2. Fico me perguntando o que pode ter realmente acontecido, pois não temos como "escutar" o outro lado da história - só sabemos a versão delas. As autoras agora estão levando o projeto para universidades - conseguindo mais gente para escrever cartazes. Sabe-se lá onde e como isso vai terminar...

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  2. Pois é... minha esposa comentava sobre isso com minha mãe há alguns dias atrás. Ela falava sobre como passou a vida toda tentando ser independente; e fracassando, relacionamento após relacionamento. Diz que agora finalmente consegue dormir e sentir-se tranquilia, mesmo estando em um relacionamento que vai contra toda educação dela, mas que a mantém segura e satisfeita. Tenho muito a agradecer à Manhood Academy, apesar das nossas discordâncias em relação a algumas perspectivas. Como professor, vejo cotidianamente a urgência de uma outra educação masculina. Infelizmente, estamos presos a uma série de mal entendidos e erros de raciocínio dentro do espaço acadêmico, cada vez mais lotado de mulheres solitárias e amargas.
    Abraço.
    Vagner da Rosa

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  3. A propósito, li um trecho do livro que você traduziu, e achei muito interessante. Assim que tiver recursos (pois estou desempregado) pretendo imprimi-lo para ler (não tenho o hábito de ler na tela do micro).
    Sou formado na área de ciências sociais, acostumado com o discurso feminista. Cansei de tanta incoerência e hipocrisia, e agora estou vendo o outro lado.
    Você é da área de humanas também?
    Abs,

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    1. Eu sou engenheiro civil. O que me motivou a criar este blog foi me ver, um dia, tímido e carente de relacionamentos, perguntando pra mim mesmo o que havia de errado comigo. Foi procurando saber como conquistar mulheres que descobri esses grupos masculinos discutindo sobre feminismo, marxismo cultural, etc., e, algum tempo depois, o livro Principles That Govern Social Interaction. Foi com esse livro que eu comecei a perceber o que havia de errado comigo e com a sociedade e o que eu realmente precisava fazer para mudar isso, e senti que esse livro tinha muita coisa importante que não conseguia achar em nenhum outro lugar. Por isso, traduzi o livro e criei este blog para divulga-lo.

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  4. Seu livro é muito mangina, eu nao vou fazer nada, as mulheres que apodreçam sozinhas nessa opçao maluca que fizeram.

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  5. Esse livro e ridículo, imagina se eu vou me esforçar pra fazer alguma coisa pelas mulheres, essas malditas que nao sabem agradecer nada, elas é que tem que se mexer, tem que vir pedir desculpa pela loucura que fizeram.

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